Mato Grosso do Sul em alerta: quase 8 mil casos confirmados de dengue
Falhas na prevenção e lentidão na vacinação levantam questionamentos sobre a gestão da saúde pública

Mato Grosso do Sul chega à 33ª semana epidemiológica de 2025 com um cenário preocupante: 7.865 casos confirmados de dengue e 17 mortes registradas, além de outras sete em investigação. No total, o estado já contabiliza 13.361 casos prováveis da doença.
Embora municípios como Alcinópolis, Nioaque, Ivinhema, Água Clara, Cassilândia, Maracaju, Bataguassu, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Sidrolândia, Dourados e até a capital, Campo Grande, apresentem baixa incidência nos últimos 14 dias, os óbitos mostram que o mosquito não respeita fronteiras. Jovens e pessoas com comorbidades estão entre as vítimas fatais.
Outro ponto que chama atenção é a vacinação. Das 241.030 doses recebidas, apenas 181.578 foram aplicadas. A campanha é voltada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, justamente a faixa que mais preocupa pelas hospitalizações. A pergunta que fica é: por que tantas doses ainda não chegaram ao braço de quem precisa? Faltam campanhas de mobilização ou sobra descaso logístico?
A Secretaria de Estado de Saúde alerta para os riscos da automedicação e reforça a necessidade de procurar atendimento ao surgirem sintomas. Mas, diante da cultura do improviso, não basta apenas orientar. É preciso envolver escolas, famílias e comunidades em uma verdadeira educação para a prevenção.
Enquanto isso, a chikungunya também avança: já são 13.575 casos prováveis, 6.999 confirmados, 71 gestantes infectadas e 16 mortes.
O combate às arboviroses exige mais do que números em relatórios: pede responsabilidade do poder público e consciência individual. Afinal, se o mosquito continua vivo, a culpa não é só dele.
*Com informações Comunicação SES.
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