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Campo Grande,22/08/2025

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Câmara de Campo Grande amplia gastos e população cobra prioridades

Enquanto cidadãos enfrentam buracos, insegurança e falta de serviços, Legislativo mantém benefícios e evita cortes de gastos.


Câmara de Campo Grande amplia gastos e população cobra prioridades

Enquanto bairros enfrentam problemas crônicos de infraestrutura, segurança e saúde pública, a Câmara Municipal de Campo Grande segue com uma rotina que pouco reflete as urgências da população. Em sessões marcadas por homenagens, moções de congratulação e votações simbólicas, os parlamentares mantêm intacta uma estrutura que consome milhões do orçamento municipal todos os anos.

Na última semana, um projeto que previa o fim do pagamento de diárias para viagens não essenciais foi arquivado sem debate público. A proposta, apresentada por um vereador da ala independente, previa regras mais rígidas para gastos com passagens, hospedagens e eventos fora do município. A maioria, no entanto, optou por encerrar o debate antes mesmo da votação em plenário.

A estrutura atual da Câmara conta com 29 vereadores, cada um com direito a equipe de assessores, verbas indenizatórias, carro oficial e apoio logístico. O custo mensal da Casa ultrapassa os R$ 10 milhões, sem contar os benefícios indiretos. Para muitos moradores, o que se vê é um abismo entre as necessidades das ruas e a realidade vivida dentro do prédio da Avenida Ricardo Brandão.

"Tem rua aqui no bairro que não vê asfalto desde que foi aberta. Mas lá dentro, os gabinetes têm ar-condicionado novo e café importado. Estão servindo a quem?", questiona Maria do Carmo, moradora do bairro Aero Rancho.

A insatisfação não vem de hoje. Com o avanço das redes sociais, cresce o número de cidadãos fiscalizando os atos do Legislativo municipal. Entre as principais cobranças estão a revisão de benefícios, mais transparência nas licitações e foco em projetos que gerem impacto real na vida da população.

Ainda assim, vereadores continuam priorizando a agenda interna. Nos últimos 30 dias, foram mais de 40 moções aprovadas – entre elas, homenagens a clubes de serviço, times amadores e datas comemorativas. Poucos projetos relevantes foram debatidos com profundidade.

Para analistas políticos locais, a Câmara vive um distanciamento preocupante do eleitor conservador, historicamente responsável por boa parte da base de apoio dos atuais parlamentares. “Há um cansaço visível. O campo-grandense quer seriedade, quer gestão responsável. E não é isso que está sendo entregue”, afirmou um especialista ouvido pela reportagem.

Com a aproximação do período eleitoral, o comportamento dos vereadores deve entrar ainda mais no radar da população. E em tempos de crise, quem não ouve o povo pode acabar ouvindo o silêncio das urnas.

*Com informações de Assessoria de imprensa.




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