Maria Clara, a pequena gigante do jiu-jitsu: "Quero ser reconhecida, inspirar meninas e mostrar que a força também é feminina"
Com apenas 14 anos, a jovem atleta de jiu-jitsu transforma dedicação em propósito e conta com o apoio incondicional da mãe para vencer dentro e fora do esporte

Num Brasil tão carente de bons exemplos e de juventude comprometida com valores verdadeiros, surge uma jovem atleta de apenas 14 anos que carrega no olhar a firmeza de quem já entendeu muito da vida. O nome dela é Maria Clara Paes Bernal, praticante dedicada de jiu-jitsu, filha de Daniela Paes, que com orgulho vê sua filha transformar suor em propósito e disciplina em força.
Em vez de seguir modismos ou perder-se em distrações digitais, Maria Clara se molda nos treinos, nos combates, nas quedas e nas vitórias. O tatame virou sala de aula. E o jiu-jitsu, mais que um esporte, tornou-se uma filosofia de vida.
Entrevista com Maria Clara Paes Bernal
1. Maria Clara, o jiu-jitsu é muito mais do que um esporte. O que ele representa para você na prática do dia a dia?
Maria Clara:
"O jiu-jitsu me ensina a ter autocontrole, respeito pelo outro, seguir regras, manter o foco e nunca desistir. Cada treino é uma batalha contra mim mesma. Aprendi que a força de verdade está em manter a calma, ter disciplina e saber a hora certa de agir. Tudo isso me ajuda também fora do tatame, na escola, em casa e com meus amigos. O esporte moldou meu caráter."
2. Você já é inspiração para muitas meninas. Qual é o seu sonho dentro do jiu-jitsu?
Maria Clara:
"Meu sonho é ser reconhecida, sim. Mas mais do que isso, quero inspirar meninas como eu. Mostrar que a força também é feminina, que a gente pode ter alta defesa, resistência e ainda ser doce. Quero competir nos maiores campeonatos do mundo e, um dia, ensinar outras meninas a lutarem — não só no tatame, mas na vida."
Entrevista com Daniela Paes, mãe de Maria Clara
1. Dona Daniela, o que significa para a senhora ver sua filha tão jovem dedicada a um esporte como o jiu-jitsu?
Daniela Paes:
"É um sentimento que mistura orgulho e gratidão. Ver a Maria Clara crescendo com responsabilidade, equilíbrio emocional e consciência do próprio corpo é algo que não tem preço. O jiu-jitsu trouxe não só benefícios físicos, mas principalmente emocionais. Ela aprendeu a lidar com frustrações, a respeitar limites, a ter constância. Para uma mãe, isso é muito mais que vitória no tatame. É vitória na vida."
2. Como a senhora enxerga o papel da família no desenvolvimento de uma jovem atleta?
Daniela Paes:
"A família é o alicerce. Não existe atleta forte sem apoio emocional em casa. Nós damos o suporte, o incentivo e o exemplo. Estar presente nas vitórias e também nas derrotas fortalece o vínculo e mostra para ela que o esforço vale a pena. O esporte exige rotina, dedicação e resiliência — e tudo isso precisa começar dentro de casa. O que Maria Clara é no tatame é reflexo do que ela aprende todos os dias com amor, disciplina e fé no lar."
Maria Clara é uma resposta silenciosa a um tempo barulhento. Sua história é a prova de que ainda existem jovens comprometidos, e famílias que educam com firmeza e carinho.
Ela pode ter apenas 14 anos, mas já se tornou um exemplo. Para as meninas que sonham, para os pais que lutam e para um país que precisa — urgentemente — reaprender o valor da formação pelo exemplo.
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