Enquanto Campo Grande dormia em berço esplêndido, um homem resolveu protagonizar o que poderia ser o enredo de um filme B sobre eletricistas autônomos sem carteira assinada. Era por volta de 00h20 quando a vtr 79 da gloriosa guarnição foi acionada pela GCCO para uma missão digna de Oscar: investigar o sumiço precoce de fios de telefonia na Rua Barão do Rio Branco com a Padre João Crippa.

Chegando lá, a cena era de filme: Joilson Maidana da Silva, CPF devidamente anotado como manda o figurino, já carregava aproximadamente 10 metros de fios cortadinhos com todo carinho, como quem leva para casa o troféu da noite. O problema é que Joilson esqueceu um detalhe básico do plano: a existência de populares. Esses mesmos, com o faro mais aguçado que roteador de wi-fi, detiveram o “profissional” até a chegada da guarnição.

Segundo testemunhas não identificadas, Joilson parecia empenhado em resolver a crise da telefonia à sua maneira — talvez abrindo sua própria operadora? Com coragem e alicate na mão, foi interceptado antes que desse start no seu “projeto de conectividade alternativa”.

Preservado em sua integridade física (porque o povo é justiceiro, mas não é desumano), Joilson foi levado à célebre CEPOL para prestar esclarecimentos sobre seu súbito interesse por fios em horário comercial invertido. No local, um representante da empresa de telefonia apareceu para constatar que, sim, o prejuízo era real — e que nenhum plano mensal oferecia corte de fios como benefício.

A polícia registrou o caso como furto tentado, mas Joilson talvez registre como uma tentativa frustrada de empreendedorismo radical. Fica o alerta: nem todo herói veste capa... e nem todo eletricista é autorizado.

*Com Informações Assessoria de Imprensa