Inflação recua, mas desafios seguem
Mesmo com redução, índice segue acima do teto da meta oficial, exigindo políticas econômicas firmes

O mercado financeiro brasileiro reduziu a projeção da inflação oficial para 2025. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora é estimado em 4,86%, marcando a 13ª revisão consecutiva para baixo. Apesar do avanço positivo, o valor ainda supera o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
Para os anos seguintes, as projeções também foram ajustadas: 4,33% em 2026, 3,97% em 2027 e 3,8% em 2028, indicando uma desaceleração gradual da inflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos, refletindo as pressões inflacionárias internas e externas e a necessidade de política monetária rigorosa.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também teve revisão: 2,18% em 2025, ligeiramente abaixo da expectativa anterior de 2,21%. Para 2026, a projeção é de 1,86%, seguida por 1,87% em 2027 e 2% em 2028.
Especialistas ressaltam que, apesar da redução nas estimativas de inflação, o cenário econômico ainda exige medidas firmes e consistentes. A manutenção da política monetária restritiva e a implementação de reformas fiscais eficazes são vistas como essenciais para garantir estabilidade e cumprir as metas do CMN.
*Com informações jovempan.
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