Justiça americana mantém irmãos Menéndez atrás das grades
Negada a liberdade condicional aos assassinos de Beverly Hills, mesmo após pressão de celebridades e militância online

A Justiça dos Estados Unidos voltou a dar uma demonstração de firmeza. A comissão judicial responsável pela análise de pedidos de liberdade condicional negou, mais uma vez, a soltura de Lyle Menéndez, de 57 anos, condenado junto ao irmão Erik pelo brutal assassinato dos próprios pais, José e Kitty Menéndez, há mais de três décadas.
O caso, que escandalizou o país nos anos 1990 e ganhou repercussão mundial, foi lembrado recentemente por produções da Netflix e por um movimento nas redes sociais que, pasmem, chegou a contar com apoio de celebridades como Kim Kardashian. A militância digital, mais preocupada em “humanizar criminosos” do que em respeitar a memória das vítimas, não sensibilizou a Justiça.
Durante a audiência, que durou 11 horas, Lyle tentou se eximir da gravidade do crime, pedindo desculpas e tentando transferir parte da culpa para questões emocionais do passado. O painel de juízes, no entanto, não se deixou levar. Avaliações psicológicas apontaram que o réu ainda demonstra comportamento manipulador, violando regras na prisão e se recusando a assumir plenamente as consequências de seus atos.
O resultado é claro: a sociedade americana não pode correr riscos em nome de pressões midiáticas. O clamor por “segunda chance” não apaga o fato de que dois jovens, movidos pela ambição da herança milionária da família, executaram os pais a tiros e depois tentaram forjar um álibi.
E aqui cabe uma reflexão: enquanto em países como o Brasil muitas vezes assassinos perigosos conseguem benefícios, saidinhas e progressões de pena, nos Estados Unidos a Justiça ainda consegue resistir à pressão de artistas engajados e redes sociais barulhentas. O recado é direto: matar os próprios pais não pode virar argumento de “superação” em documentário, muito menos bandeira de celebridade desocupada.
Os irmãos Menéndez poderão pedir uma nova reavaliação em três anos. Até lá, seguem cumprindo a pena que escolheram para si quando transformaram o lar da família em cena de execução. Justiça que se respeita não se curva ao apelo fácil da comoção, mas se mantém firme na defesa da sociedade.
*Com Informações Jovem Pan
COMENTÁRIOS