Campo Grande viveu dois acontecimentos que se conectam pelo mesmo fio condutor: a luta contra a fome e a busca pela dignidade das comunidades quilombolas. De um lado, a cobrança formal do vereador Landmark à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pela retomada da entrega de cestas básicas e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Do outro, a inauguração da Padaria Comunitária Vó Arlinda, símbolo de autonomia e resistência da Associação de Mulheres Quilombolas da Chácara Buriti.

Na abertura da nova sede da Conab em Campo Grande, Landmark foi direto: pediu o desbloqueio do PAA, que atende mais de 40 produtores quilombolas, e a volta das cestas básicas para famílias acampadas que ainda aguardam assentamento. Representantes do Movimento Popular de Luta lembraram que, no passado, uma cesta mensal garantia o mínimo de dignidade a quem vive em beira de estrada. A diretoria da Conab prometeu avaliar as demandas com rapidez.

Enquanto isso, no último sábado (23), a Chácara Buriti celebrou a inauguração da Padaria Comunitária Vó Arlinda. O espaço, construído no Centro Comunitário, abre portas para que mulheres quilombolas conquistem independência financeira. “Não é só o vereador, não é só a prefeita… são várias mãos que constroem esta Campo Grande”, destacou Landmark durante a cerimônia.

A presidente da associação, Lucineia Domingos, ressaltou o impacto direto: muitas mães não conseguiam emprego porque não tinham onde deixar os filhos. Agora, podem trabalhar perto de casa e sustentar suas famílias. A subsecretária de Igualdade Racial reforçou que a renda local é vital para a permanência das comunidades em seus territórios: “A Chácara Buriti é exemplo de transformação”.

Em meio a tanta promessa vazia que costuma rondar a política, aqui se vê algo concreto: comida, trabalho e dignidade. O pedido de retomada do PAA e das cestas básicas toca no essencial, enquanto a padaria comunitária prova que iniciativas simples podem mudar vidas. O desafio é transformar gestos em políticas permanentes. Porque o povo não pode viver de discurso — precisa viver de pão.

*Com informações Assessoria de Imprensa