Mãe “sem guarda” sequestra filha de 3 anos em plena praça de Campo Grande
Cena de novela mexicana com pitada de ação policial aconteceu nos fundos de uma base da Guarda Municipal

Uma cena digna de roteiro de “vale a pena ver de novo”, mas sem romance, apenas drama e desespero, tomou conta de uma praça no bairro Indubrasil, em Campo Grande, neste domingo (24). Uma mulher de apenas 20 anos, que já havia perdido na Justiça o direito de cuidar da filha, decidiu reverter a decisão da forma mais criminosa possível: sequestrando a própria filha de 3 anos, como se a lei fosse um detalhe opcional.
Segundo o boletim de ocorrência, o pai — um jovem de 21 anos, que hoje detém a guarda da menina justamente por denúncias de maus-tratos — havia combinado, inocentemente, um encontro com a ex-companheira para que ela visse a filha depois de longos cinco meses de ausência. Mas o que parecia um simples momento de visitação acabou em uma cena de terror.
Ao chegar, a mãe biológica teria agarrado a criança com brutalidade, arrastando-a para dentro de uma Strada preta que já estava de prontidão. O detalhe pitoresco? O “resgate cinematográfico” ocorreu bem atrás de uma base da Guarda Municipal. Nem precisa dizer que os gritos desesperados da menina ecoaram pela praça antes do carro disparar na fuga.
O pai, em choque, correu para pedir ajuda na base da GM e acionou a Polícia Militar e a Polícia Civil. Resultado: ninguém conseguiu localizar o veículo. A “operação sequestro” foi tão rápida quanto a ausência de policiamento no momento.
E não é a primeira vez. O pai relatou que a mesma mulher já havia sequestrado a filha anteriormente, mantendo-a desaparecida por cerca de um ano. Pior: segundo ele, a criança retornou naquele episódio com um pé queimado e hematomas pelo corpo. Por isso, a Justiça determinou que a guarda ficasse com o pai.
Agora, o temor é de que a menina tenha sido levada para o Distrito de Capão Seco, em Sidrolândia, onde a dupla teria apoio para manter o “cativeiro familiar”. Enquanto isso, mais uma criança está no meio da guerra entre irresponsabilidade e impunidade, mostrando que, no Brasil, a novela da vida real nunca tem intervalo comercial.
*Com informações Midiamax
COMENTÁRIOS