GCM barra tráfico gourmet com fralda congelada, creme de cabelo e ampolas de emagrecimento em operação nos Correios
Traficantes apostam em “kit delivery do caos” com drogas escondidas em fralda congelada, pote de creme e medicamentos vencendo por calor. Mas o carteiro não perdoa: caiu, perdeu

Campo Grande virou palco de mais um capítulo bizarro do tráfico moderno: na tarde desta segunda-feira (12), às 15h09, a Guarda Civil Metropolitana foi acionada pelos Correios após a detecção de uma encomenda “exótica” demais até para os padrões da Rua Barão do Rio Branco.
O enredo? Maconha do tipo DRY, escondida dentro de fraldas congeladas e camuflada em pote de creme de cabelo. Não, você não leu errado. Traficante gourmet achou que misturar erva, cosmético e produto infantil daria um combo invisível à fiscalização. Spoiler: não deu certo.
A encomenda suspeita partiu de uma cidade de Mato Grosso do Sul colada com o Paraguai e tinha como destino o estado de Minas Gerais. O pacote levava 550 gramas da maconha premium – refinada, com altíssima concentração de THC e cotada a R$ 180 a grama. Ou seja, o mimo valia mais de R$ 100 mil, sem contar os brindes.
E como todo traficante criativo adora um combo de absurdos, ainda foram apreendidas 13 encomendas com ampolas de Tirzepatida (princípio ativo do famoso Mounjaro, usado para emagrecimento e controle de diabetes tipo II), enviadas sem refrigeração. O detalhe que o “fármaco delivery” esqueceu? Sem resfriamento, o medicamento se transforma em um risco à saúde – o que era pra ser um milagre estético vira um colapso metabólico.
As caixas vinham do centro-sul do MS e estavam a caminho de vários estados: RJ, SP, CE, MT, GO, ES e MA. Tudo apreendido e levado pela Vigilância Sanitária Estadual.
A operação conjunta entre GCM, Correios e Vigilância Sanitária prova que o tráfico moderno não depende mais de bocas de fumo — ele agora aposta no bom e velho Sedex e na criatividade farmacêutica de quem não tem medo de misturar droga com fralda geriátrica.
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