Rubio reage à condenação de Uribe e alerta: ‘Precedente perigoso na América Latina’
Senador americano critica decisão judicial na Colômbia e diz que direita está sendo perseguida por juízes militantes

O senador dos Estados Unidos Marco Rubio soou o alarme nesta segunda-feira (29) após a condenação do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe por fraude processual e suborno de testemunhas. Segundo Rubio, trata-se de um caso clássico de “instrumentalização do Judiciário” — e um sinal claro de perseguição política contra conservadores na América Latina.
Em uma publicação direta e incisiva nas redes sociais, Rubio afirmou que Uribe está sendo punido por “ter tido coragem de enfrentar as guerrilhas e defender seu país do caos”. Para o senador republicano, o julgamento abre um “precedente perigoso que pode atingir outros líderes da direita no continente”.
Justiça ou vingança?
A sentença foi proferida pela juíza Sandra Heredia, após quase seis meses de julgamento e 13 anos de investigações. Uribe foi considerado culpado em dois dos três crimes pelos quais respondia. Apesar da condenação, ele poderá recorrer e a pena — estimada entre seis e doze anos — deve ser cumprida em regime domiciliar, por conta da idade.
Mas o que está em jogo, segundo analistas, não é apenas o destino de um ex-presidente: é a credibilidade das instituições democráticas e a separação entre política e justiça.
Aliados de Uribe, como as senadoras Paloma Valencia e María Fernanda Cabal, classificaram a decisão como “perseguição ideológica”. E não faltam paralelos com outros países: no Brasil, por exemplo, vozes da direita lembram que o ex-presidente Jair Bolsonaro também tem sido alvo de processos semelhantes por tribunais cada vez mais ativistas.
Lawfare: a nova arma política
O termo “lawfare” — guerra jurídica com fins políticos — tem sido cada vez mais usado para descrever casos em que líderes conservadores são sufocados por processos que antes eram tipicamente voltados ao combate à corrupção ou ao crime organizado. Agora, parece ser a ferramenta preferida de quem perdeu nas urnas, mas quer vencer nos tribunais.
Rubio, que tem forte influência na política externa americana, já havia alertado para os riscos dessa prática. “Hoje é Uribe. Amanhã pode ser qualquer um que ouse desafiar a esquerda radical e defender sua pátria com firmeza”, afirmou.
O caso colombiano não é isolado. Em diversos países da América Latina, a narrativa é a mesma: líderes que enfrentaram o crime, as guerrilhas e o socialismo do século XXI são agora colocados no banco dos réus. Enquanto isso, ex-terroristas e corruptos são tratados como vítimas.
A pergunta que fica é: até quando as instituições tolerarão esse desequilíbrio?
A condenação de Álvaro Uribe não é apenas uma decisão jurídica. É uma jogada política com potencial de desestabilizar a democracia colombiana e enfraquecer a direita em toda a região. Quando a Justiça se dobra à ideologia, abre-se espaço para o autoritarismo mascarado de legalidade.
Uribe pode ter sido condenado num tribunal, mas na consciência de milhões de colombianos — e de conservadores por todo o continente — continua sendo um herói que teve coragem de enfrentar o terror e defender sua pátria com honra.
*Com Informações Jovem Pan
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