Governo Lula corre contra o tempo para tentar abafar a CPI do INSS e empurrar a culpa para Bolsonaro
Enquanto o rombo bilionário no bolso dos aposentados vem à tona, o Planalto se movimenta para blindar aliados e distorcer os fatos

Brasília amanheceu, mais uma vez, com o governo correndo... Mas não é para resolver os problemas dos brasileiros. Desta vez, o Planalto se apressa para conter o avanço da CPI do INSS, que promete abrir a caixa-preta de um dos maiores escândalos já vistos contra aposentados e pensionistas deste país.
O esquema é bilionário. Foram mais de R$ 6,3 bilhões arrancados, mês após mês, do bolso de 4,1 milhões de aposentados e pensionistas, vítimas de descontos indevidos, supostamente para pagar serviços que jamais contrataram. O dinheiro, como mostram as investigações da Polícia Federal e da CGU, abastecia verdadeiras quadrilhas que operavam dentro e fora das estruturas do próprio governo.
Diante do escândalo, a reação do governo não surpreende quem conhece os bastidores de Brasília. Lula e sua tropa de choque entraram em campo... mas não para defender os aposentados, e sim para tentar evitar que a verdade venha completamente à tona.
De forma apressada, o governo já busca criar uma narrativa: a culpa é de Bolsonaro. Isso mesmo. Em vez de assumir as responsabilidades da própria gestão — que já soma quase três anos —, a estratégia é empurrar o problema para o passado, alegando que as fraudes nasceram durante o governo anterior.
A tentativa de fugir da responsabilidade foi tão desesperada que o governo chegou ao cúmulo de acionar o STF, pedindo que a Corte impedisse aposentados de processarem a União para reaver o que perderam. Pedido negado. O ministro Dias Toffoli não só rejeitou a manobra, como ainda marcou uma audiência de conciliação para o dia 24 de junho, obrigando o governo a se sentar à mesa com o Ministério Público, o INSS, a Defensoria Pública e os próprios aposentados.
Enquanto isso, no Congresso, cresce a pressão para que a CPI se instale de vez. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já leu o requerimento para abertura da comissão, ignorando o malabarismo palaciano que tenta estancar o avanço das investigações.
Mas o brasileiro atento já percebeu que, quando se trata de proteger os próprios interesses, este governo se move com uma agilidade impressionante. Infelizmente, não é a mesma pressa que se vê para resolver os problemas de quem trabalha, produz, paga impostos e, sobretudo, de quem dedicou uma vida inteira ao país e hoje depende da aposentadoria para sobreviver.
O fato é simples e cristalino: se há culpados, que sejam apontados — sejam eles de ontem ou de hoje. Mas tentar enganar o povo, empurrando a sujeira para debaixo do tapete da história, não cola mais.
*Com Informações Revista Oeste
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