Na manhã deste sábado, dia 7, mais um acidente foi registrado no cruzamento entre a Rua Bahia e a Rua Amazonas, envolvendo um motociclista e um carro que fazia conversão em meio ao corredor de ônibus. Felizmente, desta vez, ninguém se feriu gravemente — mas o episódio acende mais uma vez o alerta sobre os desafios da mobilidade urbana na Capital.

Quem passa com frequência pelo local sabe: esse trecho é conhecido pelos conflitos entre veículos que utilizam o corredor e aqueles que fazem manobras de conversão ou saem de áreas de estacionamento próximas. A combinação de sinalização pouco clara, fluxo intenso e veículos parados no entorno gera um cenário propício para acidentes.

A crítica aqui não é apenas para os motoristas ou motociclistas, mas também para o planejamento urbano. A direção da Agetran já declarou que os acidentes seriam, em sua maioria, causados por imprudência dos condutores. Ainda que parte da responsabilidade seja, sim, de quem dirige, é papel do poder público criar um ambiente seguro e bem sinalizado, que previna esse tipo de situação.

Talvez seja o momento de rever a sinalização do local, reforçar campanhas educativas, reposicionar áreas de estacionamento e, sobretudo, ouvir quem vive a rotina daquele trecho — motoristas, motociclistas, moradores e comerciantes. A escuta ativa e a disposição para ajustes pontuais podem salvar vidas e melhorar a fluidez do trânsito.

A boa notícia é que o acidente de hoje não terminou em tragédia. A má notícia é que ele pode se repetir — se nada for feito.