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Campo Grande,01/07/2025

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Mães Atípicas Protestam em Campo Grande e Denunciam Descaso e Desordem Administrativa na Gestão de Adriane Lopes

Em busca dos direitos de seus filhos, mães atípicas, após serem ignoradas pela prefeita municipal, realizaram um protesto em frente à Prefeitura de Campo Grande


Mães Atípicas Protestam em Campo Grande e Denunciam Descaso e Desordem Administrativa na Gestão de Adriane Lopes

A manifestação ocorreu na manhã de sexta-feira, 10/01/2025, na entrada principal do Paço Municipal, com o objetivo de cobrar respostas para a falta de medicamentos e materiais de uso contínuo para crianças e adolescentes atípicos da capital. O protesto foi motivado por acusações de que a prefeitura não está repassando os benefícios e auxílios necessários às crianças e adolescentes atípicos. 

Entre as mães presentes, o desespero era visível, com relatos emocionantes sobre as dificuldades enfrentadas no cotidiano. Leila Servim, dona de casa de 43 anos, explicou as dificuldades que ela e outras mães têm enfrentado devido à falta de materiais essenciais para os filhos.

“Temos uma liminar que a prefeitura deveria cumprir, mas não cumpre. Meu filho precisa de uma dieta especial por meio de gastrostomia, mas não tem o frasco nem o equipamento necessário. Quando aparece a dieta, falta o frasco. E quando tem fralda, é de péssima qualidade, assando a criança, não tem remédio para convulsão, e nunca tem nada”. 

Outras mães também compartilharam relatos angustiantes. Uma delas, visivelmente emocionada, desabafou: 

“Você não pode ir pra escola porque não tem fralda. Uma menina inteligente só tem um problema. Tem mãe aqui que já não tem mais nada de móveis. Não tem colchão, não tem ventilador, não tem geladeira, não tem nada. Porque você é mãe, você vai ver seu filho que não sabe falar ali olhando pra você, e você olhando pra ele e o que você vai e dar pra aquela criança comer. Como é que você vai colocar uma fralda nela? E eu vou falar, 'Yasmin, não mije hoje porque não tem fralda pra você. Ela vai entender?”

Outro relato revelou o impacto psicológico devastador que muitas mães estão enfrentando: 

“Nós 90% de nós estamos psicologicamente abaladas, e não por ter filhos especiais, mas sim porque... O sistema não é certo. Vamos abrir.  Tem dias em que a gente levanta e não sabe o que fazer, você quer tirar sua vida. Muitas vezes julgam a mamãe que afogou o filho, que se suicidou, mas você não sabe o que a gente está passando. Há um tempo todo a gente não sabe o que a gente está fazendo."

Em meio ao desespero, uma das mães, quase sem esperança, fez um apelo direto à vice-prefeita Dra. Camila: 

“Tem mãe tirando a vida por não aguentar o que está passando. A senhora tem que colocar a mão na consciência.”

O vereador Jean Ferreira, presente no protesto, expressou solidariedade às mães e afirmou que buscará uma parceria entre políticos e mães de crianças com necessidades especiais para lutar contra a falta de repasses essenciais da prefeitura. Em seguida, criticou a postura da prefeita Adriane Lopes e ressaltou que:
“Nós, como legisladores e fiscais, precisamos estar ao lado de quem mais precisa.” Essas mulheres são as que pagam os impostos e, por conseguinte, o salário da prefeita. Se não nos unirmos por elas, quem o fará”
A vereadora Luiza Ribeiro também se posicionou contra os atrasos nos repasses para as mães de crianças atípicas e destacou que essa situação já perdura há mais de dois anos. Criticou ainda, a falta de prioridade para o repasse de medicamentos e suprimentos essenciais, enquanto a prefeitura realiza compras em outras áreas, afirmando: Veja o video Aqui

"É inaceitável que quem mais precisa seja negligenciado dessa forma".

A deputada Camila Jara, em entrevista, afirmou que, após dois anos de tentativas de diálogo e diversas reuniões — incluindo encontros com a vereadora Luiza Ribeiro, o superintendente do Ministério da Saúde e o deputado federal Geraldo Rezende — a situação permanece sem solução. 

Em resposta à má gestão dos recursos, a deputada anunciou que o caso será encaminhado ao Ministério Público Federal. Veja o video Aqui

"Vamos reunir toda a documentação e as denúncias para denunciar a má gestão dos recursos públicos em Campo Grande".

Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) se manifestou em uma coletiva de imprensa, esclarecendo que, dos 13 empenhos de dietas emitidos no período, apenas 5 empresas cumpriram com as entregas dentro do prazo. Quatro empresas não realizaram nenhuma entrega e outras quatro efetuaram entregas parciais, com o restante ainda em atraso. Tal fala da secretária de saúde, Dra. Rosana Leite, gerou a expectativa de que os órgãos responsáveis pela fiscalização dessas entregas se posicionem e garantam a devida resposta e suporte para a Secretaria de Saúde Municipal.

As empresas, que atendem a secretaria de saúde, nessa área; Directa Comércio e Produtos Hospitalares Ltda, SG Nutrição Ltda, e CGA Negócios e Distribuição Ltda não realizaram nenhuma entrega até o momento e já foram notificadas pela SESAU.

secretaria, conforme os termos legais, e as medidas cabíveis estão sendo adotadas para regularizar o fornecimento, com o seguinte cronograma:
Dietas enterais: Entre setembro e dezembro/2024, foram entregues 26.986 dietas para 693 pacientes.
Setembro: 3.558 unidades para 105 pacientes
Outubro: 11.627 unidades para 248 pacientes
Novembro: 6.760 unidades para 182 pacientes
Dezembro: 5.041 unidades para 158 pacientes
Fraldas descartáveis: No mesmo período, foram distribuídas 263.938 tiras de fraldas a 1.556 pacientes.
Setembro: 107.023 tiras para 638 pacientes
Outubro: 116.901 tiras para 688 pacientes
Novembro: 11.644 tiras para 63 pacientes
Dezembro: 28.370 tiras para 167 pacientes
Os fornecimentos deverão ser realizados regularmente, conforme prescrições médicas e demandas individuais.
Descaso com as mães e censura à imprensa
O site Regional Notícia esteve no local, mas foi impedido pela Guarda Municipal de acompanhar a reunião de interesse público. Segundo a assessoria de comunicação, tratava-se de um encontro “fechado” e sem nenhuma transparência.
Durante a campanha eleitoral, a prefeita Adriane Lopes e a vice, Dra. Camila, contaram com o apoio do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, cujo lema era “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Após a posse, dois desses lemas parecem ter perdido o sentido para a prefeita, já que a liberdade de imprensa não é respeitada, a família só recebe atenção se for dela de seus apadrinhados ou bajuladores. Para identificá-los, basta acompanhar o Diário Oficial do Município.
Parabéns às autoridades presentes – deputada federal Camila Jara, vereador Jean Ferreira e, principalmente, a vereadora Luiza Ribeiro – por lutarem pelas mães atípicas.
Fica a pergunta à prefeita Adriane Lopes e à vice Dra. Camila: por que o site Regional Notícia foi impedido de realizar seu trabalho? Será que isso ocorre porque o site está expondo os erros e a falta de respeito com a população na atual gestão?




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